O que é transtorno de aprendizagem?
Padrões considerados normais de aquisição de habilidades comprometidos desde as primeiras fases do desenvolvimento da criança, relacionados a anormalidades no processo cognitivo e disfunções biológicas, caracterizam o transtorno de aprendizagem.
Esse tipo de transtorno é recorrente, manifestando-se durante toda a vida escolar do estudante.
Por isso, quando o professor percebe que a dificuldade de aprendizagem apresentada pelo aluno resiste a suas tentativas de solução, e por mais que ele esgote seus recursos, o aluno não apresenta melhora no desempenho escolar, o docente pode estar diante de um transtorno de aprendizagem.
Note que o diagnóstico de transtorno de aprendizagem depende de avaliação por parte de especialistas da saúde.
Também, para caracterizar tal modalidade de transtorno, é imperativo que o estudante apresente comprometimento de aprendizagem no campo de leitura, escrita ou matemática.
Isso, sem ter sido diagnosticado com deficiência intelectual (DI), e depois de devidamente investigado o seu grau de motivação, assim como excluídas as dificuldades de aprendizagem transitórias referidas no começo deste post.
Veja, a seguir, transtornos específicos que afetam a aprendizagem:
Dislexia
Também denominada transtorno específico da leitura, a dislexia tem caráter hereditário, sendo provocada por alterações genéticas que causam modificações no recebimento e elaboração das informações recebidas.
Essa alteração no neurodesenvolvimento é caracterizada por deficit na decodificação dos enunciados, não causando prejuízos à sua compreensão.
Os disléxicos, embora contem com visão, audição e sistema neurológico normais, e não sejam diagnosticados com doenças psiquiátricas, têm baixo desempenho na leitura.
Como ajudar o aluno com dislexia?
O aluno com dislexia vai se beneficiar ao receber orientações precisas sobre como se organizar, tanto em relação ao material escolar quanto à realização das tarefas. Estimular esse aluno a usar uma agenda e consultá-la sempre, bem como ficar atento à execução da sua produção textual, que demanda grande esforço para ele, são posturas producentes.
Disgrafia
O também chamado transtorno da leitura e da escrita é reconhecido em três áreas, podendo, dessa forma, afetar:
- grafia — compromete a escrita das letras, palavras e textos;
- ortografia — dificuldade significativa na representação da ortografia, disortografia;
- produção textual — problemas persistentes na construção de textos, principalmente relacionados à coesão e coerência, além de empobrecimento dos enunciados por falta de detalhamento.
Como ajudar o aluno com disgrafia?
Investir no uso do pincel como instrumento de escrita e aplicar exercícios com linhas pontilhadas são algumas das práticas indicadas para trabalhar com o aluno que tem disgrafia.
Treinos de caligrafia, nos quais o aluno se familiariza com o tamanho das letras, espaçamento entre elas e suas formas, é mais um jeito de ajudar a adquirir habilidade com a escrita.
Discalculia
Essa nomenclatura diz respeito ao transtorno específico das habilidades matemáticas, caracterizado pela dificuldade em adquirir/desenvolver habilidades no campo da matemática.
Competências matemáticas tidas como simples, como fazer cálculos mentais e ler as horas, mostram-se como grandes dificuldades para o portador da discalculia.
Como ajudar o aluno com discalculia?
Algumas adaptações podem aumentar as chances do aluno com discalculia construir saberes matemáticos. São ações simples, como permitir o uso de calculadora e da tabuada, ferramentas valiosas para sua aprendizagem.
Mais um dos meios de apoiar a aprendizagem de quem tem o transtorno consiste em usar situações concretas, preferencialmente do cotidiano, nos problemas matemáticos.
Dislalia
É um distúrbio da fala, cuja principal característica é a dificuldade na articulação das palavras. Nesse caso, percebe-se que o aluno tem má pronunciação, incorrendo em trocas e distorções dos fonemas.
Como ajudar o aluno com dislalia?
A primeira atitude a tomar, ao perceber alterações na fala de um aluno, é agir com naturalidade e não permitir que os demais alunos constranjam a criança. Logo que percebido o problema, chame os pais e oriente-os a buscar a ajuda de um fonoaudiólogo.
TDAH
O transtorno de deficit de atenção com hiperatividade se apresenta nos primeiros anos de vida, tem origem neurobiológica e suas manifestações geralmente incluem:
- falta de atenção;
- baixo nível de concentração;
- impaciência;
- desinteresse;
- inquietude;
- impulsividade.
Esse transtorno pode, inicialmente, ser confundido com indisciplina escolar, pois a criança com TDAH dificilmente para quieta, tende a circular pela sala de aula sem autorização, além de resistir a fazer as atividades propostas pelo professor.
Isso tudo se dá em razão da sua agitação e pouca concentração, manifestadas com ainda mais força durante a execução de tarefas com as quais não possui afinidade.
Como ajudar o aluno com TDAH?
Nesse caso, o caminho está em promover meios do aluno concentrar-se o máximo possível.
Posicionar sua carteira longe da porta — perto da mesa do professor é o lugar ideal —, agregar alguma motivação extra às atividades (como as premiações em forma de estrelinhas na tarefa concluída) e exibir em aula conteúdos audiovisuais são boas estratégias de trabalho.
Um transtorno ou dificuldade de aprendizagem pode provocar sérios prejuízos ao processo educativo. Dessa forma, é fundamental lidar com eles da forma mais efetiva possível. Nesse sentido, mobilizar a
família do aluno, e quando preciso, especialistas capazes de ajudá-lo, são atitudes recomendáveis. Afinal, todo esforço é valioso quando se trata de garantir o direito da criança à educação.
família do aluno, e quando preciso, especialistas capazes de ajudá-lo, são atitudes recomendáveis. Afinal, todo esforço é valioso quando se trata de garantir o direito da criança à educação.
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